Essa é a diferença entre um religioso e um político. O político está sempre consciente do 'eu', sempre preocupado com a opinião alheia. Ele depende dos votos e da opinião alheia. Os outros são seus mestres e também aqueles que decidem por ele. Já uma pessoa religiosa domina seu próprio ego, ninguém pode tomar decisões por ela, que não depende de votos nem opiniões. Se você for até ela, tudo bem. Se você não for, tudo estará bem da mesma forma. Não há problema algum, ele continua sendo o mesmo ser.
Agora gostaria de dizer algo que parece paradoxal, mas, apesar, disso é a mais pura verdade: as pessoas que são autoconscientes - com ênfase no ego - não possuem ego. É por isso que são tão autoconscientes, porque têm medo de que alguém possa arrancar seu ego. Essas pessoas não são senhoras de si, pois seu ego foi tomado emprestado de outras pessoas. Pensando dessa forma, se alguém lhes sorri, seu ego é acariciado. Se alguém as ofende, algo terá sido subtraído e sua estrutura ficará abalada. Se alguém está com raiva, elas ficam com medo. Se todo mundo ficar com raiva ao mesmo tempo, para onde elas irão, quem serão elas? Sua identidade estará quebrada. Se todo mundo sorrir e disser: 'Você é ótimo', então elas serão ótimas.
A pessoa que é religiosa e autoconsciente - com ênfase na consciência - possui um ego autêntico. Você não pode tirar esse ego dela, não pode dar-lhe um, ela o atingiu por si mesma. Se o mundo inteiro ficar contra ela, seu ego lhe fará companhia. Se o mundo todo a seguir, seu ego não será inflado. Ela possui uma realidade autêntica, um centro. (....)"
(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 92/93)
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