"(...) No meu livro recente A Nova Humanidade expliquei detalhadamente as duas fases evolutivas da velha e da nova humanidade.
Da velha humanidade, diz o Cristo: 'O príncipe deste mundo, que é o poder das trevas, tem poder sobre vós'. Da nova humanidade diz ele: 'Sobre mim ele não tem poder algum, porque eu venci o mundo'.
O príncipe deste mundo é o poder da serpente, da inteligência, que é um poder tenebroso, causador de maldades e de males de toda a espécie.
Jesus não teve pecado nem sofreu doenças e morte compulsória, porque tinha vencido o mundo adâmico da serpente intelectual, e estava num mundo cósmico do sopro espiritual.
Os nossos males não terão fim enquanto não nos libertarmos do poder do príncipe deste mundo, a que a humanidade se entregou inicialmente, e da qual se deve libertar finalmente.
As leis cósmicas são inexoráveis: o que o homem faz pelo poder do seu livre-arbítrio pode ele desfazer pelo mesmo poder.
Por ora, o grosso da humanidade está dominado pelo poder das trevas, que se manifesta pelo ego intelectual: o triunfo da inteligência e a derrota do espírito. Nenhuma medicina, nenhuma psicologia, nenhuma psiquiatria podem melhorar substancialmente o estado calamitoso da nossa humanidade sofredora, porque pecadora. Tudo o que estamos fazendo são paliativos, camuflagens, charlatanismos, que tentam remover sintomas do mal, mas não erradicam a raiz do mal. Todos os nossos paliativos são ditados pelo próprio príncipe deste mundo, que é responsável pelo estado calamitoso da humanidade, sobre a qual ele tem poder.
Em face desse tenebroso círculo vicioso, deverá a maior parte da humanidade atual passar por tragédias, talvez pelo extermínio. (...)"
(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 24)
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