"Precisamos nos apaixonar pela espécie humana, como o Mestre da Vida. Devemos ficar fascinados com as reações de um mendigo, com as alucinações de um paciente psicótico, com as peraltices de uma criança, com as reflexões dos idosos. Cada ser humano é uma caixa de segredos. Cada ser humano merece o Oscar e o Prêmio Nobel pela vida misteriosa que pulsa dentro de si.
Ao analisar a personalidade de Jesus, mais uma vez me convenci de que a unanimidade é estúpida. A beleza reside em amar as diferenças, em não exigir que os outros sejam iguais a nós para que possamos amá-los. Jesus foi afetuoso com Judas no ato da traição e acolheu Pedro no ato da negação. Ele os amou, apesar das suas diferenças. Se amou pessoas que o decepcionaram tanto, foi para mostrar que não devemos exigir condições para amar.
O exemplo do mestre me levou a amar pessoas tão diferentes de mim! Pessoas que possuem pontos de vista diferentes do meu, que adotam práticas das quais não participo. Apesar de discordar das crenças e convicções das pessoas, você deve preservar seu amor por elas e respeitar sua lógica, inteligência, verdades, pontos de vista, e não simplesmente descartá-las.
Se Jesus perdoou seus carrascos quando todas as suas células morriam, quem somos nós para exigir, em nosso conforto egoísta, que pessoas que pensam diferentemente de nós mudem para que possamos amá-las? Não apenas os cristãos deveriam amar outros cristãos de religiões distintas, mas, se realmente viverem o que Jesus viveu, amarão, com intensidade, budistas, islamitas, bramanistas e ateus. (...)"
(Augusto Cury - O Mestre Inesquecível - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2006 - p. 141)
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