"Jesus nos mostrou qual é a suprema oração: 'Senhor, seja feita a Tua vontade'. Bem, muitas pessoas interpretam isso como significando que não precisam exercer nem a vontade, nem o pensamento; que só têm de sentar, meditar e esperar que Deus faça alguma coisa por meio delas. Isso é errado. Somos feitos à imagem de Deus. Ele deu ao ser humano uma inteligência que não deu a nenhuma outra criatura, e espera que a utilizemos. Por isso Paramahansaji nos ensinou a orar assim:
'Senhor, eu raciocinarei, eu quererei, eu agirei; mas guia Tu minha razão, vontade e atividade para a coisa certa que devo fazer.'
Nós praticamos isso no ashram religiosamente. Nas reuniões de trabalho, meditamos por alguns minutos e depois fazemos a prece acima. Só então começamos a reunião e tomamos decisões.
Portanto, não fique sem fazer nada, a espera que Deus tome as providências necessárias. Ao aplicar os princípios da razão, da vontade e da ação, siga o curso que lhe parecer melhor. Trabalhe conscienciosamente, usando a vontade e a inteligência, e ao mesmo tempo ore sem cessar: 'Senhor, guia-me; deixa-me seguir a Tua vontade. Seja feita apenas a Tua vontade.'
Ao fazer isso, você mantém a mente receptiva à orientação divina. Pode então descobrir que, de repente, consegue ver claramente: 'Não, agora devo tomar esta direção'. Deus mostra o caminho. Mas lembre-se que, ao pedir a Deus que o guie, a sua mente jamais deve estar fechada; que esteja sempre aberta e receptiva. É assim que Deus ajuda a quem se ajuda. Funciona, mas o esforço e a iniciativa devem partir de nós.
Você não tem que viver num ashram para servir a Deus e seguir a vontade Dele. Cada um de nós está, neste momento, onde Deus e nossos atos passados nos colocaram. Se você não estiver satisfeito com suas condições atuais, medite e peça orientação a Deus. Mas, enquanto faz isso, aplique a razão que lhe foi concedida por Deus. Analise as opções que tem em relação à sua vida e ao seu futuro."
(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 31/32)
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