"(...) Os psiquiatras vêm tratando seus pacientes com psicotrópicos, medicamentos (fármacos), que atuam sobre os nervos e sobre a mente. Aos abatidos prescrevem drogas, que produzam psicoanalepsia e neuroanalepsia, isto é, estimulantes da atividade mental (psicotônicos) e são neuroenergizantes ou antidepressivos e, assim, rajasificam os tamásicos. Aos agitados, ao contrário, tratam de levá-los à psicolepsia e nerolepsia, através de drogas calmantes, ataráxicas, tranquilizantes, hipnóticas, sedantes... conseguindo, destarte, reduzir a agitação rajásicas e relaxar tensões.
Com o mesmo critério, visando aos mesmos efeitos, a yogaterapia aplica suas técnicas psicolépticas ou psicanalépticas, isto é, tranquilizantes e estimulantes, respectivamente a nervosos rajásicos e nervosos tamásicos.
Enquanto que as drogas acarretam efeitos colaterais indesejáveis, inclusive a 'dependência' ou vício e a intoxicação, as técnicas ensinadas neste livro, ao contrário, colaboram, sem quaisquer riscos ou prejuízos, para a libertação sattvizante do enfermo.
Visando aos mesmos efeitos - tranquilizantes para o rajásico e antidepressivos para o tamásico -, a yogaterapia, em todos os aspectos da vida também prescreve: pensamentos, sentimentos, comportamentos, lazeres, música, esportes, alimentos, artes etc. Há sentimentos estimulantes. Também há os tranquilizantes. Certas músicas fazem dormir ou relaxar; outras atiçam, excitam. Alguns alimentos estimulam, outros acalmam.
Cada tipo de nervoso - rajásico ou tamásico - precisa optar sobre o que comer, qual a diversão, atividade, forma de artes, cores e emoções a evitar ou cultivar. (...)"
(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 100/101)
Nenhum comentário:
Postar um comentário