"O
karma de cada pessoa é a parte de um
karma maior que é o
karma do mundo, como indica o que está mais abaixo; todo o processo é único. O
karma não é algo que tem origem externa, mas algo que nós mesmos criamos. Portanto, cada um de nós deve fazer o que é correto a partir de um ponto de vista mais amplo, como assinalam as palavras do senhor Jinarajadasa. O
karma que criamos não é a expressão de alguma força ou de alguma pessoa, senão de nós mesmos. Portanto, a todo momento devemos tentar fazer o que é correto.
É verdadeiro o ditado que diz que tudo na vida que pareça bom e também não tão bom é responsabilidade nossa. Como nos dizem todos os instrutores, cada um de nós deve aprender o princípio da Unidade. O trecho incluso dos ensinamentos do irmão Jinarajadasa enfatiza que devemos compreender o karma em plenitude e vivê-lo, que é a dificuldade que enfrentamos. Tudo parece estar fora, diferente da própria pessoa. Esta lição é difícil de ser aceita completamente, mas isso tem de acontecer. (...) É inútil dizermos que algum outro homem cometeu um equívoco ou que está causando mais malefício do que nós mesmos. O que é preciso é que cada pessoa compreenda o imenso trabalho que tem para empreender e a lição que tem de aprender. Esperamos que a passagem seguinte não seja apenas para uma leitura rápida, mas algo que, sendo plantado internamente, cresça e subordine tudo que é menos importante:
'Temos como axioma o fato de que o Divino e o homem são um. Mas é também um axioma, embora pouco compreendido, que o homem e todo o processo de evolução, no qual ele é um fator, também são um. Normalmente, à medida que o indivíduo sente a pressão da evolução, ele está apto a considerar o processo como algo que lhe é imposto de fora. Assim, é natural para ele sentir que todas as dificuldades da vida - doença, pobreza, limitação de todo tipo - são ajustes de seu
karma arranjados para ele pelos Senhores do
Karma para ajudar em seu crescimento. Essa é a plena verdade. Mas a verdade mais profunda é que todos esses arranjos são realmente operações de sua própria vontade. Ele deve compreender que, de algum modo misterioso, os ajustes feitos pelos Senhores do
Karma são ajustes feitos por ele mesmo, e decretados por sua própria vontade. Cada evento que lhe acontece, particularmente aqueles de natureza dolorosa, devem ser reconhecidos por ele, não apenas como resultado de seu próprio
karma e portanto por seu próprio decreto, e ainda como expressão de seu próprio eu. 'O meu Pai e eu somos um' não deve permanecer apenas um intelectualismo; pois a Unidade existe não apenas no reino do Espírito, mas também no da matéria. (...)"
(Radha Burnier - Meu karma sou eu mesmo - Revista TheoSophia, ano 104, Abril/Maio/Junho de 2015 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 9)http://www.sociedadeteosofica.org.br/
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