quinta-feira, 16 de julho de 2015

O KARMA NÃO É PUNIÇÃO (1ª PARTE)

"'Quantas formas o karma é capaz de assumir?', perguntou um fiel, pensando, talvez, nas sentenças fixadas em simples julgamentos nos tribunais.

'Você está confundindo karma com punição', replicou o Mestre. Depois, sorrindo, acrescentou: 'Muitos cometem esse erro. Mas karma significa apenas ação.

'A ação pode ser de muitos tipos, e pode ser intrinsecamente boa, má ou neutra; a ação neutra por vezes serve como uma transição entre a boa e a má ação. O próprio Universo, de acordo com as Escrituras hindus, é um misto de de três qualidades, ou gunas, como são chamadas: o princípio bom, o princípio ativo e o princípio mau.

'A qualidade boa, chamada de sattwa guna, eleva a consciência até a sua fonte em Deus. A qualidade capaz de ativar, chamada de rajas ou raja guna, e só isso: ela estimula as pessoas a agirem em benefício do ego, embora não necessariamente em termos de uma ação ruim. 

'O guna ruim é chamado de tamas. Ele é ruim porque obscurece a compreensão das coisas.

'A maior parte dos seres humanos é materialista. Age visando o lucro pessoal. Poucos procedem dessa forma com vontade de prejudicar os outros; poucas pessoas são verdadeiramente más.

'As consequências da ação são tão variadas quanto os próprios atos. (...)"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 79)
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