A vida se
processa em ciclos, nunca numa linha reta invariável. Este grande princípio é
sempre válido. Não há uma tarde que não leve a outra manhã, nem inverno que não
preceda outra primavera. O ‘dia’ de um homem, segue exatamente a mesma série. O
primeiro arco da vida do homem é de avanço, crescimento, progresso; o segundo é
de volta, de lenta decadência das forças vitais, do princípio da paz noturna.
Isso é verdade
não somente para um dia, um ano, um ciclo vital, mas também para a vida
coletiva de cada nação, civilização, planeta, sistema solar e, até mesmo, para
o próprio universo ilimitado. Esta é a lei cíclica universal, movimento eterno,
ritmo das marés altas e baixas de toda a Natureza. É assim que uma nação chega
à extinção e deixa de existir, mas as almas que nela vivem renascem numa nova
raça. Podemos ver os traços dos romanos, colonizadores obedientes às leis, nos
ingleses modernos, e os meticulosos artistas gregos nos franceses de hoje.
As civilizações,
que as nações criam e corporificam, têm seu grande dia e depois passam, e de
suas cinzas surge um novo e mais elevado conceito de vida. A consciência
coletiva da humanidade atravessa muitos desses ciclos, e nisso, embora as
formas possam ser destruídas, a vida imortal persiste e logo se expressa em
novas formas.
Muda a antiga ordem, dando lugar a uma nova,E Deus Se realiza de muitas maneiras,Não deixando que um velho hábito venha a corromper o mundo.
Um ciclo como
esse, de aproximadamente 2.000 anos, está se encerrando agora. A humanidade
encontra-se agora ‘um passo mais próxima de sua casa’. Os sinais de encerramento
de um ciclo são desordens generalizadas, caos, mudanças, cataclismos. Daí lentamente
emerge o esboço do novo ciclo. Por exemplo, agora é claro que a idade do
isolamento, dos impérios, do domínio de uma nação por outra são fatos do
passado. A união de todo o mundo pelo rádio, televisão, aviação, etc.,
pressagiam um sonho do poeta Tennyson: ‘O parlamento do homem, a Federação do
mundo’. A Nova Era que agora desponta verá o crescimento do princípio da
cooperação entre todas as nações e todas as classes e, assim, o fim da guerra,
bem como da pobreza, para o resto da vida neste planeta.
Essas grandes mudanças
são realmente acarretadas pelo crescimento da consciência do homem; e isso se
projeta no mundo do pensamento religioso ainda com mais intensidade do que no
mundo do relacionamento social, sendo este último uma consequência daquele. (...)"
(Clara Codd - A Técnica da Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 09/10)
www.editorateosofica.com.br
(Clara Codd - A Técnica da Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 09/10)
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