"Não há
fatalidade e sim
determinismo.
O homem é influenciado pelas circunstâncias e pelas consequências do que já fez, porém tem uma individualidade superior, tem uma essência divina. Graças a esta, pode, em qualquer momento, interferir com sua vontade superior e modificar - para melhor ou para pior - o seu Destino. A Personalidade não tem livre-arbítrio, mas quando entra em sintonia com a individualidade (o Ego) neste momento exerce o Livre-Arbítrio.
Há livre-arbítrio dentro de certos limites - liberdade condicionada.
A cada ação humana corresponde determinada consequência no Carma. Assim:
Vida presente: Vida futura:
Aspirações e desejos Capacidade
Pensamentos constantes Caráter, tendências
Experiências Conhecimento, sabedoria
Vontades de agir Atos
Auxílio Conforto
Ressentimentos Aflições
Críticas Importunações
Malefício físico Malefício físico (olho por olho...)
Ocasiões perdidas Obstáculos à ação, infortúnios do meio
E assim por diante. Podemos sintetizar o Carma, na frase de Thackeray: 'Semeia um pensamento e colherás uma ação; semeia uma ação e colherás um hábito; semeia um hábito e colherás um caráter; semeia um caráter e colherás teu destino!'
Uma esmola concedida por obrigação, por ostentação, produzirá efeitos muito diferentes de uma dada com simpatia, com verdadeira caridade. Não há propriamente recompensas ou castigos - Deus não premia e nem pune. Ele estabelece leis. O homem ou as obedece ou as infringe. Há consequências boas ou más; o indivíduo colhe o que semeia.
Os exemplos de dívidas cármicas podem ser numerosos. Assim, quando um homem sofre, está pagando o que fez. Se recebe com resignação e sofrimento, está saldando bem sua dívida cármica; se se revolta, está contraindo novas dívidas, por cultivar o ressentimento.
Os pensamentos são importantes, mais ainda que os atos físicos. Não basta proceder bem, é preciso pensar corretamente - esta deve ser a norma de conduta do Teósofo."
(Alberto Lyra – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 62/64)
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