"(...) O verdadeiro objetivo da educação, portanto, é duplo. Em primeiro lugar, deve procurar despertar o conhecimento latente na criança; ela deve ser levada rapidamente a redescobrir os princípios de conduta que em vidas anteriores testou e considerou válidos; de maneira que a melhor educação será aquela que permite à alma, atuando através do cérebro da criança, recordar-se, por assim dizer, o mais depressa possível, dos fracassos e êxitos obtidos nas encarnações anteriores. Em segundo lugar, a educação deve fazer o possível para que a criança tenha prontamente uma ideia sintética da vida; porque a verdadeira educação do indivíduo não começa senão quando este vê a vida de um ponto de vista central. Nas atividades gerais da vida, algumas vezes nos perdemos, porque permitimos divisões entre o nosso mundo mental e emocional e o mundo moral; e quando vivemos, por assim dizer, em compartimentos, a resultante de nossas energias será sempre menos forte do que seria se vivêssemos como um todo indivisível. Portanto, a educação deve, desde o início, inculcar na criança o sentido da unidade na vida; e como ela já tinha atingido, anteriormente, algum nível de síntese através das experiências de vidas passadas, o educador deveria tentar levá-la a recuperar rapidamente a lembrança dessa síntese e a ampliá-la para abarcar horizontes ainda mais amplos.
Este trabalho de capacitar a alma, através de seu corpo de criança, a alcançar sua síntese precedente, deve ser feito em três etapas: o Jardim de Infância, a Escola de Ensino Fundamental e a Universidade. (...)"
(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 27/28)
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