"(...) Ninguém se torna sábio na escola primária das circunstâncias de fora - mas sim na Universidade da sua substância de dentro.
Para escutar a sabedoria da substância interna, deve o homem silenciar de vez em quando o ruído das circunstâncias externas e auscultar a voz de dentro.
Deve o homem entrar, a cada dia, por meia hora, no silêncio de dentro e fechar todas as portas aos ruídos de fora.
Não somente aos ruídos físicos da natureza e da sociedade, mas também aos ruídos mentais e emocionais do seu próprio ego.
Para todo o principiante é difícil fechar as portas aos pensamentos e às emoções, mas com paciência e persistência, domina ele a dificuldade e encontra a facilidade.
No fim, pode o homem ficar no silêncio de dentro em plena sociedade dos ruídos externos.
E, na razão direta que cresce o silêncio de dentro, decresce o amargor do sofrimento.
Por fim, pode o homem dizer a si mesmo: eu sou o senhor do meu destino, eu sou o comandante da minha vida.
Ninguém é senhor do seu destino de fora, mas pode e deve ser senhor do seu destino de dentro.
O destino de fora obedece à natureza e à sociedade, e não a nós - mas o destino de dentro obedece ao homem e o faz feliz ou infeliz.
Gozos e sofrimentos são coisas que nos acontecem à-toa - mas a felicidade ou infelicidade são creações nossas.
Eu sou o senhor da minha felicidade ou infelicidade - outros são autores dos meus gozos ou sofrimentos.
Eu tenho gozo, eu tenho sofrimento - mas eu sou a minha felicidade ou infelicidade."
(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 69)
www.martinclaret.com.br
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