terça-feira, 21 de abril de 2015

QUE É SER FELIZ? (2ª PARTE)

"(...)  O desejo universal é a felicidade - e, no entanto, poucos homens se dizem felizes. A imensa maioria da humanidade tem a potencialidade ou possibilidade de ser feliz - poucos têm a felicidade atualizada ou realizada. Poder ser feliz é uma felicidade incubada, porém não nascida - ser feliz é uma felicidade eclodida.

Qual a razão última por que muitos homens não são felizes, quando o poderiam ser?

Passam a vida inteira, 20, 50, 80 anos marcando passo no plano horizontal do seu ego externo e ilusório - nunca mergulharam nas profundezas verticais do seu Eu interno e verdadeiro. E, quando a sua infelicidade se torna insuportável, procuram atordoar, esquecer, narcotizar temporariamente esse senso e infelicidade, por meio de diversos expedientes da própria linha horizontal, onde a infelicidade nasceu. Não compreendem o seu erro de lógica e matemática: que horizontal não cura horizontal - assim como as águas dum lago não movem uma turbina colocada ao mesmo nível. Somente o vertical pode mover o horizontal - assim como somente as águas duma cachoeira podem mover uma turbina.

Quem procura curar os males do ego pelo próprio ego, comete um erro fatal de lógica ou de matemática. Não há cura de igual a igual - mas tão somente de superior para inferior, de vertical para horizontal.

Camuflar com derivativos e escapismos a infelicidade não é solucionar o problema; é apenas mascará-lo e transferir a infelicidade para outro tempo - quando a infelicidade torna a se manifestar com dobrada violência. (...)"  

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 18)

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