"(...) Uma vez, um jovem se aproximou de
mim e disse: 'Não consigo falar com meus pais. No momento que procuro discutir
meus problemas – que para mim são profundos -, parece que não querem escutar;
ou me repreendem, ou me dão ultimatos. Eles nunca me dão uma chance de me
expressar; assim, em consequência, aprendi a ficar calado. Não falo com eles.
Eles não conhecem os pensamentos e as dificuldades que estou tendo. Ou estão
muito ocupados, ou não querem ouvir, ou são muito impacientes comigo.'
Esse é um dos grandes erros que
os pais cometem; não têm tempo para se identificar com os problemas e
interesses dos filhos. Em vez disso, argumentam: 'Não é suficiente que eu lhe
dê uma casa e tome providências para que tenha boas roupas, que lhe ofereça
carro aos sábados, consentindo que saia com essa ou aquela pessoa, e lhe dê
tantas coisas que você quer, inclusive viagem de férias todos os anos?' Não,
isso não é suficiente. Essas coisas nunca tomarão o lugar de compreensão e do
companheirismo.
Todo pai ou mãe deseja que os
filhos algum dia digam: 'Sou grato a meus pais; eles foram firmes comigo, mas
eu sempre soube que me amavam e que podia recorrer a eles por qualquer coisa,
sabendo que receberia compreensão, orientação e paciência.' No entanto, para
ser esse tipo de pai ou mãe, é preciso haver também disposição para
disciplinar-se. Eles têm que dar bom exemplo, física, moral, intelectual e
espiritualmente. Têm que cultivar sabedoria, paciência e compreensão, e têm que
exercer perfeito autocontrole todas as vezes que lidarem com o filho. Desse
modo, estarão aptos a cumprir a responsabilidade divina que assumiram ao dar à
luz uma criança neste mundo."
(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship - p. 56/57)
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