"A lealdade e o amor entre marido e mulher gradualmente libertam a mente das limitações do plano sexual, elevando-a ao plano do amor divino. Quando o amor divino é maior do que o sexo, este amor supremo sublima o apetite sexual, transformando-o num belíssimo relacionamento humano. A gratificação sexual por si só não satisfaz o coração; sem amor verdadeiro, o coração continua vazio. Mas se homem e mulher sinceramente compartilham, no estado conjugal, o amor que têm na alma, encontrarão uma venturosa plenitude.
Também é possível encontrar essa realização no perfeito amor de Deus, e até em maior grau. Jesus não se casou. Muitos dos grandes santos não se casaram, porque encontraram a bem-aventurança mais elevada na comunhão com Deus. Segue o caminho da sabedoria quem percebe que a felicidade é o objetivo mais alto e busca a felicidade em Deus.
Os seres humanos são a causa de milhares de males neste mundo, no entanto, não gosto de me referir ao homem como mau; é melhor dizer que comete erros. São os sentidos que nos desviam para os maus hábitos. Não seja escravizado por seus sentidos. De que adianta abusar deles até perder a saúde e a paz? Para ajudar a evitar isso, a religião ensina os eternos princípios de autocontrole e moderação, com os quais se pode dominar os instintos sensoriais. Veja o sentido do paladar, por exemplo. Por que não ceder à gula? Porque comer demais prejudica a saúde. Algumas pessoas comem sempre que veem comida por perto; mas todos os tipos de doença são ocasionados por hábitos alimentares errados e por excesso de comida."
(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 78/79)
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