"A língua não deve falar mal. Os olhos não devem contemplar o mal. Os ouvidos não devem aspirar a ouvir o mal. A presença de Deus em cada ser santifica-o. Quando você pensa mal dos outros, equivale a pensar mal de Deus. Quando, obedecendo à convenção, se dirigir aos outros como 'irmãos e irmãs' (sodara sodarimanulaara), deve cultivar (também) o sentimento de que Deus é o Pai e que vocês realmente são irmãos e irmãs, cada um em relação aos demais. Esta fraternidade é mais real e profunda que a consanguínea, pois aqui a propriedade paterna, pela qual vocês se esforçam, pode ser partilhada sem que a parte de cada um seja diminuída de qualquer maneira. Quando a plenitude (purna) é subtraída da plenitude, o saldo ainda é a plenitude.
Uma cabaça, quando verde, afunda na água, mas, estando seca flutua. Torne-se seco, descartando apegos, desejos, ansiedades e preocupações. Só assim flutuará incólume nas águas irrequietas. Até mesmo a água, ao tornar-se, vapor, ascendo ao céu. Torne-se leve. Perca peso, e flutue, tanto que possa subir cada vez mais alto. Yoga é definido como 'suspensão das agitações da substância mental' (chithitha vrithithi nirodha). Yoga, portanto, é a supressão dos impulsos que agitam a consciência interna do homem. Tais impulsos aumentam o lastro. Livre-se dos desejos que o atraem para baixo. Conserve somente a ânsia de encontrar-se face a face com a Verdade. Essa Verdade brilha dentro de você, aguardando ser descoberta. Como a lavadeira que está morrendo de sede, embora a água do rio lhe chegue aos joelhos, o homem sofre, não obstante tenha o remédio perfeito ao alcance da mão."
(Sathya Sai Baba - Sadhana, O caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 153/154)
Nenhum comentário:
Postar um comentário