"74/75 - O sábio chama a isso de corpo denso, que é a combinação de tutano, osso, gordura, carne, sangue e sêmen e é constituído de pés, tronco, costas, cabeça, membros e órgãos. É ele a causa que dá nascimento à ignorância e à ilusão do 'eu' e do 'meu'. Os elementos sutis são ãkãsha, ar, fogo, água e terra (entendendo-se aqui os princípios mais elevados destes elementos).¹
COMENTÁRIO - A ignorância da verdadeira realidade nasce da limitação imposta pelos 'véus' dos sentidos. O corpo denso escraviza, limita, dificulta a percepção do sutil. É como um denso nevoeiro que impede a chegada até nós dos raios benfazejos do Sol. Mas, apesar das limitações dessa armadura medieval que vestimos, é possível encontrar o caminho para o que está na nossa essência e que é idêntico ao universal. É isso que Sankara nos propõe neste texto.'
¹ Em outras traduções, aforismos nº 72/73: 'Composto de sete ingredientes - medula, ossos, gordura, carne, sangue, derme e epiderme - e consistindo dos seguintes membros e suas partes: pernas, quadris, tórax, braços, costas e cabeça; este corpo, o domicílio da ilusão expressa nos termos 'eu' e 'meu', é designado pelos sábios como corpo grosseiro. O éter, ar, fogo, água e terra são os elementos sutis'. (N.E.)
(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 39/40)
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