"(§08) O corpo astral tem seus desejos - e os tem às dúzias; ele quer que fiques irado, que digas palavras ásperas, que sintas ciúmes, que sejas ávido por dinheiro, que invejes as posses de outras pessoas, que te entregues à depressão. Ele quer todas estas coisas, e muitas mais, não porque deseje prejudicar-te, mas porque gosta de vibrações violentas, e gosta de mudá-las constantemente. Mas tu não queres nenhuma destas coisas, e portanto deves discernir entre os teus desejos e os de teu corpo astral."
Quando nos deparamos pela primeira vez com a leitura de Aos Pés do Mestre, achamos uma leitura fácil e tranquila. E é, mas com o passar dos anos, vamos percebendo a profundidade das palavras que ali estão. Se passarmos a fazer um link com outras leituras, ampliando o nosso conhecimento, vamos percebendo que existem várias camadas para reflexão. É o caso do parágrafo oitavo o qual se refere ao corpo astral e suas implicações. “O corpo astral tem seus desejos e os têm às dúzias”. Mas por quê? E por que gosta de vibrações violentas?
Somente ao começarmos a ter o entendimento de que o nosso corpo astral é feito da mesma matéria que compõem os subplanos do plano Astral, e que somos afetados não só por essa matéria, mas também pelos elementais² que ali estão, começamos a perceber que temos um trabalho hercúleo pela frente: procurar dominar nossas emoções, nossos desejos, não só para não vibrarmos mais naquela frequência, mas também para não intensificarmos mais esse elemental. (C. W. Leadbeater, Vida Interna, Editora Teosófica)
Como num movimento simbiótico, através de nossas emoções e desejos alimentamos esses elementais, os quais, por sua vez também nos afetam, reforçando ou densificando mais as tendências mais grotescas de nossa personalidade. Leadbeater, no seu livro O Plano Astral, coloca a esse respeito: “Pela extrema precisão com que a essência elemental responde à menor solicitação dos nossos pensamentos e dos nossos desejos, conclui-se que este reino, no seu conjunto, é um produto do pensamento coletivo da humanidade.
¹ Comentários sobre o
parágrafo 8º de Aos Pés do Mestre, de J. Krishnamurti, Ed. Teosófica, p.23/24
² Não confundir esses elementais tratados aqui com os elementais da água,
fogo, terra e ar.
Tirza Fanini
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