terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A RENÚNCIA (PARTE FINAL)

"(...) Abandonar as atividades significa desistir dos apegos às atividades ou de seus frutos, abrindo mão da ideia de que 'eu sou o agente'. As atividades que o corpo está destinado a desempenhar terão que acontecer. Não há que se falar em desistir de tais atividades, gostemos ou não delas.

Se nos mantivermos fixados no Eu Real, as atividades continuarão a acontecer do mesmo jeito e seu sucesso não ficará comprometido. Não se deve ter a ideia de que somos nós os agentes. Ainda assim as atividades continuarão. Esta força - qualquer que seja o seu nome - que trouxe o corpo à existência cuida para que as atividades que o corpo está destinado a desempenhar sejam realizadas.

Se as paixões fossem algo externo a nós, poderíamos guerrear com elas e conquistá-las. Mas todas elas vêm de dentro de nós. Quando olhamos internamente a fonte de onde elas vêm, impedimo-las de surgir e as conquistamos. É o mundo e seus objetos que fazem surgir nossas paixões. Mas o mundo e seus objetos são apenas criados pela nossa mente. Eles não existem quando estamos no sono profundo.

O fato é que qualquer quantidade de ações pode ser desempenhada - e muito bem desempenhada - por um Iluminado (Jñãni), sem que haja identificação com elas ou a impressão de que é ele quem as faz. Um poder age através de seu corpo e o usa para fazer o trabalho."

(Pérolas de Sabedoria: Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi – Ed. Teosófica, Brasília, 2010 - p. 74
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