"Precisamos compreender que somos a alma perfeita, imortal. As imperfeições que manifestamos por meio de nossos hábitos e humores, por meio da doença e do fracasso, não são parte de nossa verdadeira natureza. Identificamo-nos tão profundamente com a consciência mortal que, irrefletidamente, aceitamos suas limitações. Acho que deveríamos orar: 'Senhor, ajuda-me a perceber que não sou este corpo, nem meus humores e hábitos. Faz-me saber que sou sempre teu filho, feito à Tua imagem perfeita.'
Um dia, durante a meditação, eu lamentava o fato de haver tanta imperfeição em mim quando, de repente, ouvi a doce voz da Mãe dizendo: 'Mas tu me amas?' Imediatamente, todo o meu ser ficou transbordando de amor por Ela. Desse dia até hoje, minha mente tem se absorvido num único pensamento: 'Estou cheia de amor por minha Mãe Divina, e nesse amor minha vida se entrega a Ela, para arranjar-se como Ela deseja'. Nela tenho completa fé; sei que Seu amor nunca me faltará.
Deus ama a todos vocês da mesma maneira. A luz do sol brilha igualmente no carvão e no diamante. Não se pode dizer que o sol é parcial, porque o diamante reflete mais luz do que o carvão. De modo semelhante, a luz solar do amor de Deus brilha igualmente em todos. Precisamos nos tornar como o diamante que recebe e reflete a luz Dele.
Incessantemente, cante o nome do Divino, não de forma distraída, mas com atenção total. A comunhão com Deus exige nossa concentração máxima. Não importa o que estejamos fazendo externamente, nossa mente mais profunda pode absorver-se apenas no Único, sussurando sempre: 'Tu és meu único amor'."
(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 150/151)
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