"O que é, então, a lei do dever? Ela varia com cada
estágio de evolução, embora o princípio seja sempre o mesmo. É progressiva como
é progressiva a evolução. O dever do selvagem não é o dever do homem culto e
evoluído. O dever do instrutor não é o dever do rei. O dever do comerciante não
é o dever do guerreiro. Assim, quando estamos estudando a Lei do Dever, devemos
começar estudando nosso próprio lugar na grande escada da evolução, estudando
as circunstâncias à nossa volta que mostram o nosso karma, estudando nossos próprios poderes e capacidades, e tomando
consciência de nossas fraquezas, e a partir deste estudo cuidadoso devemos
descobrir a Lei do Dever por meio da qual devemos orientar nossos passos.
O Dharma é o
mesmo para todos que estão no mesmo estágio evolutivo e sob as mesmas
circunstâncias, e existe algum Dharma
comum a todos. Os décuplos deveres estabelecidos pelo Manu são obrigatórios
para todos aqueles que queiram trabalhar com a evolução, os deveres gerais que
o homem deve ao homem. A experiência do passado deixou neles a sua marca, e
sobre eles não podem surgir dúvidas.
Mas há muitas questões sobre o Dharma que não são simples em caráter. A verdadeira dificuldade
daqueles que estão se esforçando para avançar ao longo do caminho da
espiritualidade é, geralmente, distinguir o seu Dharma, e saber o que exige a Lei do Dever."
(Annie
Besant - As Leis do Caminho Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 66/68)
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