"Quando
Buda, um ser da Sexta ronda, veio ao planeta Terra, que está em sua Quarta
Ronda, era como pegar um Einstein e colocá-lo trabalhando nas galés, como
escravo, nos tempos antigos.
O Buda
veio para ensinar ao homem que o sofrimento e a dor são inevitáveis... que eles
são parte do papel cármico deste planeta... que uma atitude correta em relação
ao sofrimento vai ajudar os homens a lidar com eles.
Uma
jovem mulher, tendo perdido seu primeiro filho, ficou tão abalada pelo sofrimento
que errava pelas ruas implorando um remédio mágico para restituir a vida de seu
filho. Alguns voltavam-lhe as costas com pena; outros zombavam e chamavam-na
louca; ninguém conseguia encontrar palavras para consolá-la. Mas um sábio,
percebendo seu desespero, disse: ‘só há uma pessoa em todo mundo que pode fazer
esse milagre. Ele é o Perfeito, e mora no topo da montanha. Vá até ele e peça.’
A jovem
subiu a montanha e postou-se diante do Perfeito e implorou: ‘Ó buda, dê a vida
de volta a meu filho.’
Buda
disse: ‘Desça para a cidade, vá de casa em casa e traga-me um grão de mostarda
de uma casa em que nunca morreu alguém.’
O
coração da jovem estava leve enquanto ela descia depressa a montanha e entrava
na cidade. Na primeira casa que visitou, disse: ‘O Buda me pediu para pegar um
grão de mostarda de uma casa que nunca tenha conhecido a morte.’
‘Nesta
casa muitos morreram’, disseram-lhe. Assim ela foi à casa seguinte, e tornou a
perguntar. ‘É impossível contar o número dos que morreram aqui.’ responderam-lhe.
Portanto, a mulher foi a uma terceira casa, e à quarta, e à quinta, e assim por
toda a cidade, e não conseguiu encontrar uma única casa que a morte não tivesse
alguma vez visitado.
Assim a
jovem voltou ao topo da montanha. ‘Você trouxe o grão de mostarda?’, perguntou
Buda. ‘Não’, respondeu ela, ‘e nem procuro mais. Minha dor me tinha cegado.
Pensei que só eu havia sofrido nas mãos da morte.’
‘Então
por que voltou?’, perguntou o Perfeito. ‘Para pedir-lhe que me ensine a
verdade’, respondeu ela. E o buda lhe disse: ‘Em todo mundo do homem e em todo
o mundo dos deuses esta é a única Lei: todas as coisas são transitórias.’
Os
seres humanos possuem muito mais do que cinco sentidos. Um deles é o sentido da
dor, e o corpo físico tem muitos órgãos sensoriais para registrar a dor –
existe até mesmo um conduto especial na espinha, com esta finalidade.”
(Dr. Douglas Backer - Leis Cármicas – Ed. Record,
Rio de Janeiro, 1982 - p. 30/31)
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