"(...) Temos superabundância de alimentos, mas milhões de crianças e de adultos morrem de fome todos os anos. Será que não há um grupo de líderes políticos que é capaz de estabelecer critérios para se produzir um imposto mundial no comércio exterior que subsidie a oferta de alimentos para os miseráveis de nossa espécie?
Somos brancos, negros, americanos, alemães, franceses, brasileiros, chineses, mas perdemos o sentido de espécie. Não parece que pertencemos à mesma espécie, não somos apaixonados uns pelos outros. Quantos de nós temos prazer de entrar no mundo das crianças, dos colegas de trabalho e das pessoas íntimas que nos circundam? Uma das maiores gratificações que tenho como psicoterapeuta é descobrir o mundo interessante de pessoas que me procuram. Cada ser humano, ainda que viva no anonimato, possui uma história espetacular, mas nós não nos damos conta disso. Temos o privilégio de ser uma espécie pensante, mas nem sempre honramos nossa inteligência.
O Mestre dos mestres da escola da existência deixou claro em seus pensamentos, parábolas, reações e nas críticas dirigidas aos fariseus que a essência da alma humana estava adoecida. Estava convicto de que o homem era líder do mundo exterior, mas não do interior. Percebia que a insatisfação e a ansiedade aumentava pouco a pouco à medida que passavam os anos. Por isso convidava as pessoas a beber do prazer que dele emanava, da sabedoria que dele fluía, do amor que dele jorrava, da mansidão que dele borbulhava.
Almejando mudar a essência da alma humana. Planejou que o homem conquistasse uma vida lúcida, serena, sábia, alegre, tranquila e saturada de paixão pela existência. Enxergava longe, queria mudar os paradigmas humanos e fazer a humanidade alcançar o sucesso de dentro para fora. Objetivava alcançar metas nunca alcançadas pela filosofia e ciências sociais. Os mais excelentes capitalistas e os mais notáveis socialistas ficariam perturbados se compreendessem os detalhes do plano do carpinteiro da vida. Ele veio com a maior de todas as incumbências, com a missão de produzir um novo homem: feliz e imortal."
(
Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 206/207)
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