"(...) Como
conseqüência, vem a sexta dica: começa a surgir espontaneamente, a partir de
dentro, uma alegria de se doar. Doar atenção, afeto, paciência, respeito, tempo
e até mesmo dinheiro, quando temos. Tudo isso vem sozinho, lá de dentro, com
uma alegria a que nada externo pode se comparar. Essa explosão interna muda
completamente o sentido do nosso viver.
Por
fim, o sol nascente que é a felicidade surge, a partir de dentro, clareando
toda a vida, sob a forma de amor. Felicidade e amor são como irmãos siameses,
inseparáveis.
O
amor, que é a força mais poderosa do universo, manifesta-se em tudo o que vive.
Em nós ele floresce quando percebemos e compreendemos todas as limitações que
nós mesmos antepomos, impedindo o seu brilho. Nas pequenas e em todas as coisas
pode ser percebida a sua presença, por quem aprende a comungar com a vida, que
é sagrada.
Aqui
vai a última dica: muito do que se chama de amor não é amor, mas autointeresse.
O amor é a energia mais benéfica e elevada que existe na natureza, e, por isso,
não pode ser possuído pelo ego, que é necessariamente limitado. Entretanto,
todos nós podemos ser como cálices, que recebem a vida e o amor universais,
desde que não seja apenas para nós mesmos, porém transbordando para os demais.
Só somos verdadeiramente felizes quando fazemos os outros felizes.
Não
podemos cultivar ou reter o amor, mas sempre que abandonamos o centro mental de
autopreocupações e interesses e abrimos a janela, sob a forma de aquietamento
interior e receptividade, ele pode vir como a brisa fresca da manhã, trazendo a
felicidade."
(Marcos Resende - Sete dicas para a felicidade - Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p.5/7)
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