"Na prática do Budismo são enfatizados o conhecimento
e a sabedoria. Durante o reinado de Asoka surgiram instituições educacionais em
cada templo. A partir daí todos os templos budistas tornaram-se verdadeiros
centros de aprendizado. A partir do século II d.C., em Nalanda, Taxila e
Vikramasgila, alguns templos converteram-se em universidades mundialmente
famosas.
Nos anais da história, as civilizações budistas da
Índia, da Birmânia e do Sri Lanka estavam entre as primeiras a ter educação
universitária. A admissão era baseada na competência e não na riqueza, na raça
ou no credo. Os estudantes do Afeganistão e da China residiam nesses centros de
aprendizado. As universidades floresceram até por volta do Século XIII d.C.
Elas foram totalmente destruídas pelos exércitos invasores mongóis do norte a
partir do século XIV.
No século III a.C., a Índia e o Sri Lanka possuíam
hospitais tato para homens quanto para animais. Esses fatos estão mencionados
no livro The Outline of World History,
de H. G. Wells. O Imperador Asoka foi o primeiro a construir hospitais na Índia
e a encorajar, no século III a.C., o cultivo de ervas medicinais. Não foi à toa
que Wells chamou Asoka de ‘o mais nobre rei da história da humanidade’.
Conta-se que certa vez, um velho Bikku mal-humorado foi acometido de uma doença repugnante, cuja
visão e odor eram tão nauseabundos que ninguém se aproximava dele. Buda foi até
onde esse infeliz jazia; pediu água quente e cuidou dele. Cuidou do Bikku dia
após dia, enquanto esteve naquela localidade, e declarou: ‘Quem quer que cuide
de um doente estará cuidando de mim. (...)’”
(Buddhadasa P.
Kirthisinghe - Buda e os direitos humanos - Revista Sophia, Ano 4, nº 16 - p. 38)
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