"Ouvimos a palavra
segurança todos os dias. Segurança financeira, segurança social, segurança nacional - todas são importantes. Mas aqui estamos falando de uma segurança mais profunda: a segurança emocional e psíquica, a segurança que nos capacita a interagir plenamente com nossas famílias, com nossos amores, nossos amigos, nossa sociedade e nossa civilização.
Ela emana do amor-próprio, do entendimento de que cada um de nós é uma alma que esteve presente em vidas passadas e vai existir no futuro e através do tempo. A segurança verdadeira vem da certeza de que somos imortais, eternos, e que nunca podemos ser feridos.
(...) A segurança não vem do que se possui. Você não pode levar suas coisas materiais para a próxima vida, mas pode levar suas realizações, seus atos e seu crescimento - o que aprendeu e seu progresso como ser humano espiritual. É possível também que possa levar alguns de seus talentos. Acho que Mozart deve ter sido um músico completo numa vida anterior, o que explicaria sua precocidade musical no século XVIII.
Segurança e autoestima estão interligadas. Às vezes é difícil desenvolver a autoestima, porque incorporamos os conceitos transmitidos - ainda que inconscientemente - por nossos pais, professores, amigos ou comunidades. São conceitos que nos dão a sensação de sermos de alguma forma deficientes e de estarmos sempre abaixo das expectativas. Quando conseguimos nos desapegar do que é negativo, nos tornamos capazes de desenvolver o amor-próprio, que é a base fundamental para amar os outros. É onde começa a verdadeira caridade. Quando você se ama, o amor transborda; quando não se ama, sua energia vai consciente ou inconscientemente ficar concentrada na busca desse amor, e você não terá disponibilidade para mais ninguém. (...)"
(Brian Weiss - Muitas Vidas, Uma Só Alma - Ed. Sextante, Riode Janeiro, 2005 - p. 125/126)
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