"(...) Tolerância
é a próxima qualidade, decorrente das anteriores. Como não possuímos o hábito
da autocrítica e auto-observação, o caminho mais fácil é culparmos os outros
pelas nossas falhas e fracassos. Tolerância significa aceitarmos os outros como
eles são e procurarmos viver sempre em harmonia com nossos semelhantes. Mais
uma vez a atenção é aqui de grande importância.
A outra qualidade é o Contentamento, que implica total aceitação do que vem a nós, sem
rancor nem reserva mental de nenhuma espécie. Uma vez que o homem comum não se
dá o trabalho de compreender a vida e sua existência, ele tende sempre a reagir
ao que lhe ocorre. Contentamento
significa que sabemos que a Lei é sábia e que os problemas que enfrentamos são
apenas um retorno de ações passadas praticadas por nós mesmos. Uma atitude de
Contentamento tranquiliza a mente e torna o viver mais fácil.
Também necessitamos de Unidirecionalidade ou perseverança, uma forte disposição interior
que nos auxilia a suportar as agruras do Caminho. Se percebemos que trilhar o
Caminho é supremamente importante, esta percepção deverá instalar em nós uma
firme resolução de trilhá-la até o fim.
Por fim vem a Confiança,
confiança na Lei e em sua sabedoria e confiança no Instrutor que está sempre
pronto a auxiliar o aspirante que se tornou digno de ser auxiliado. Nos
períodos de extremas dificuldades e provas, a luz da confiança na Lei e no
Mestre é como um bálsamo que alivia os tormentos do aspirante, renovando-lhes
as forças para prosseguir no Caminho, na Senda que vale a pena ser trilhada. (...)"
(Ricardo Lindemann & Pedro Oliveira - A Tradição-Sabedoria, uma introdução à filosofia esotérica - Ed. Teosófica, Brasília, 3ª edição - p. 146/148)
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