"Apego, afeição e interesse criarão preconceito, parcialidade e ilusão, os quais escondem a Verdade e estupidificam a inteligência.
Raga é
roga, isto é, apego é doença, no concernente ao inquiridor em pauta. Não é próprio de um
yogi ter apegos (
raga). Ele deve ser isento de favoritismos, fantasias e preferências. Uma vez que você se apegue a determinada pessoa, a algum hábito ou maneirismo, difícil ser-lhe-á descartá-los, igual ao pobre aldeão que se atirou no rio para resgatar para si um pacote de tapetes (realmente era um urso sendo arrastado pelas águas revoltas), mas constatou que o tal 'pacote' o agarrava tão apertado que não o deixava escapar. O homem pulara para agarrar o que supusera ser, para ele, um tesouro, mas ele é que foi agarrado e preso. Eis por que os santos deste país têm ensinado às pessoas que elas são genuínas filhas da imortalidade, repositórios de paz e da alegria, da verdade e da justiça, e que são senhores de seus sentidos, e que, portanto, o mundo externo não os pode reter com seu fascínio. É natural que o homem possa ter certos desejos, algum anseio por conquistar conforto, certas tentações para alcançar contentamento, mas deve se conduzir apenas como o doente à busca de um remédio. Alimento e bebida, moradia e vestimenta devem ser apenas subsidiárias às necessidades do Espírito e às necessidades da educação das emoções e impulsos. Devem assumir o lugar subalterno que o sal e a pimenta têm na mesa do jantar nos dias atuais.
Uppu (sal) deve ser subsidiário de
papu (lentilha), isto é, o
sal deve ser pouco e
dal (lentilha), muito. Você não pode ter mais
sal que
dal, nem mesmo tanto quanto. Assim, os esforços para conseguir saúde, conforto etc. devem ser bastantes para o propósito superior de manter a disciplina ascética (o
sadhana), nem mais, nem menos."
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