OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 20 de maio de 2014

NÃO MATES AS TUAS SAUDADES

"Escreveste-me que estavas com saudades de mim - e me escreves para matar saudades.

Por favor, querida, não mates as tuas saudades.

Deixa viver as tuas saudades.

E, se morreres de saudades, é esta a mais bela das mortes.

Essa morte te fará viver na vida eterna - porque saudade é amor na ausência.

E será amor de presença eterna.

Quem morre de saudades morre de fome - e é mil vezes melhor morrer de fome do que viver com fastio.

Por vezes, o amor nos causa fastio - mas as saudades sempre nos deixam com fome.

Quem bebe da água das saudades terá sede outra vez.

Se o amor humano fosse amor integral, seria amor na presença - assim como saudade é amor na ausência.

Seria amor fascinante. sem fastio - assim como saudade é amor sempre faminto.

Mas o amor humano é suicida - mata-se a si mesmo.

É suicida por falta de transcendência - e excesso de imanência.

Só se pode amar deliciosamente o que sempre se possui - e sempre se procura.

O que é tão longínquo como a ausência - e tão propínquo como a presença.

Se Deus fosse apenas presença, e não também ausência - seria eu o rei dos ateus, ateu por fastio de Deus.

Mas como Deus é longínqua ausência e propínqua presença - eu vivo de saudades do Deus sempre presente e sempre ausente.

É esta a minha vida eterna.

A vida num Deus sempre possuído - e sempre procurado.

É este o estranho paradoxo da felicidade: procurar o que se possui - e possuir o que se procura.

Quanto mais o homem possui a Deus, tanto mais o procura.

A vida eterna é um incessante ser e um interminável devir, um estado - e um processo, um ter e um eterno querer.

Porque todo o finito em demanda do Infinito está sempre a uma distância infinita.

A vida eterna é uma sinfonia inacabada."

(Huberto Rohden - De Alma Para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo -SP, 2005 - p.75/76)
www.martinclaret.com.br


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