"A palavra vegetarianismo vem do latim ‘vegetus’,
significando aquilo que é vivo, fresco, saudável. O vegetarianismo tem suas
raízes na Índia, alicerçado na tradição dos Vedas e praticado intensamente pelo
hindus, jainistas e budistas, e chega ao ocidente através do filósofo grego
Pitágoras que proclamava uma vida pura e livre de alimentos cárneos. A ética
pitagórica prevaleceu na época, séc. VI a.C., como uma base moral de abstenção
de matar animais para se alimentar e todos os que o seguiam e se alimentavam de
uma dieta livre de carnes eram chamados de ‘pitagóricos’ e só em 1847 nasce no
ocidente a Sociedade Vegetariana do Reino Unido, sendo a palavra vegetarianismo
cunhada pela primeira vez no ocidente. Porém, muitos séculos antes, o
vegetarianismo era proclamado na Índia como a forma mais adequada para se
alimentar, sustentado no princípio de ‘Ahimsa’.
A definição de Ahimsa
(não-violência) abrange todo o ato de compaixão por todas as formas de
vida. E a ética do Hinduísmo, Janaísmo e Budismo que estabelece o respeito pela
vida. Ahimsa é praticada como uma
restrição que consiste em não gerar sofrimento e dor a outros seres, tanto
física como emocionalmente, e também, como uma prática ativa de benevolência e
compaixão por todas as criaturas viventes.
Ahimsa não é só evitar causar sofrimento e dor como também buscar
positivamente meios para aliviar o sofrimento.
O vegetarianismo foi apoiado pelas diferentes
tradições religiosas e filosóficas ao longo das eras como um meio de
purificação e sutlização do corpo para promover a elevação da mente e assim,
atingir o equilíbrio necessário para se atingir um estado mais em sintonia com
a vida interna. (...)"
(Maria Laura
Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC,
2010 - p. 14)
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