"É uma doutrina muito antiga, conhecida de todas as
religiões e filosofias e, desde o renascimento do estudo científico no
Ocidente, tem-se tornado um dos postulados fundamentais do conhecimento
coordenado moderno. Se alguém joga uma pedrinha numa poça, ela causa ondas na
água; essas ondas se espalham e finalmente batem nas margens que rodeiam a poça;
e, diz a ciência moderna, as ondas são traduzidas em vibrações, que são levadas
para fora para o infinito. Mas, a cada passo desse processo natural, há uma
reação correspondente a cada uma e a todas as miríades de partículas atômicas
afetadas pela energia que se espalha.
O Carma não tem, de modo algum, o sentido da palavra
‘Fatalismo”, por um lado, nem do que é popularmente conhecido como ‘Acaso', por
outro. É essencialmente uma doutrina de Livre-Arbítrio, pois naturalmente a
entidade que inicia o movimento ou ação – espiritual, mental, psicológico,
físico ou qualquer outro – é responsável, daí em diante, em forma de
consequências e efeitos que daí resultam, e mais cedo ou mais tarde alcançam o
agente.
Já que tudo está entrelaçado, interligado e integrado
a tudo mais, e nada e ninguém pode viver sozinho, outras entidades são
necessariamente afetadas, em maior ou menor grau, pelas causas de movimentos
iniciados por qualquer entidade individual; porém tais efeitos ou consequências
em entidades outras que não o agente são apenas indiretamente uma força
moralmente coerciva, no sentido verdadeiro da palavra ‘moral’.
A doutrina é extremamente consoladora para as mentes
humanas, pois o homem pode traçar seu próprio destino, e na verdade tem que
fazer isso. Ele pode formá-lo ou deformá-lo, à vontade; e, agindo com as
próprias energias poderosas e ocultas da Natureza, ele se coloca em uníssono ou
harmonia, e portanto se torna um cooperador da Natureza, como são os deuses."
(Dr. Douglas
Backer - Leis Cármicas – Ed. Record, Rio de Janeiro, 1982 - p. 14/15)
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