"Ao desencarnar, a consciência passa a focalizar-se no
corpo astral – o corpo das emoções, dos desejos, dos sentimentos. Aí as emoções
são mais intensas, pois não há o corpo físico para ‘amortecer’ as vibrações
oriundas do corpo astral. Este vibra na quarta dimensão e, consequentemente, os
fatos ocorrem de modo mais acelerado, e os sentimentos pulsam mais
intensamente. Como a natureza não dá saltos, as mesmas emoções trazidas de
nossa última existência (antes do desencarne), estarão aí presentes, porém com
uma energia bem maior.
Um sentimento de amor ou ódio, de simpatia ou
antipatia, de alegria ou tristeza, avoluma-se no plano astral. No ser que
desencarnou com um vício, suas partículas astrais que eram alimentadas por esse
vício, passa a vibrar mais intensamente pelo apetite não satisfeito. Como no
mundo astral não há substância capaz de nutrir esse vício (seja o fumo, o
álcool, psicotrópicos, etc.), pois esses elementos motivadores da dependência
emocional estão no plano físico (e não no astral), o ser desencarnante sofre
pelo desejo impossível de se satisfazer. Este é o verdadeiro purgatório de que
falam os católicos, ou o umbral dos espíritas. O tempo aí vivido com sofrimento
parece uma eternidade e o desejo não realizado, um verdadeiro suplício para a
alma desencarnada. (...)
Como toda causa finita tem seu efeito finito, isso
também um dia acaba. As partículas astrais não sendo satisfeitas, por não
receberem os alimentos de seus vícios vão enfraquecendo, perdem seu poder
vibratório e acabam sendo eliminadas do corpo das emoções, retornando ao plano
astral."
(Antonio Geraldo
Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 57/58)
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