"No universo, cada coisa ingressa no campo da
existência no lugar e tempo a que ela ‘pertence’. Ela surge ali e naquele
instante, porque naquele lugar e tempo existe uma necessidade particular que ela pode satisfazer.
Por que um ser humano específico pode prover a
necessidade de uma família, grupo ou nação em particular - e da humanidade em
geral – num determinado tempo? Porque a soma total das séries de experiências,
pensamentos e ações do passado, que condicionam aquilo que é possível a esse
ser humano realizar, faz com que ele ou ela se torne uma resposta potencialmente efetiva à necessidade.
O recém-nascido encontra-se condicionado pelo passado
– ancestral, sócio-histórico e/ou reencarnacional pessoal – como o último elo
de uma cadeia de tentativas do universo (ou, pode-se dizer, de algum Deus) para
satisfazer com êxito uma necessidade cósmica particular e, dessa maneira,
cumprir um papel específico neste planeta (ou em qualquer outro). Esse
condicionamento é o karma do
recém-nascido. Contudo, a tarefa de cumprir esse papel em termos da necessidade
de um lugar e tempo particulares constitui o seu darma. Por conseguinte, darma e karma são os dois lados da moeda da
existência individual. O karma é constituído por aquilo que é possível ao
recém-nascido em virtude de uma longa série de experiências passadas, quer
tenham sido elas bem-sucedidas ou resultado em fracassos. O darma se define
pelo caráter preciso e pela necessidade da nova situação existencial na qual
ocorreu o nascimento. O darma requer um ser humano cujo karma particular faz
com que lhe seja possível executá-lo. (...)"
(Virginia Hanson
e Rosemarie Stewart - Karma, A Lei Universal da Harmonia – Ed. Pensamento, Rio
de Janeiro - p. 49/50)
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