"Uma das eternas preocupações dos homens é a
existência de justiça nesse mundo. Por que os maus prosperam e os virtuosos
sofrem? Por que um bebê inocente nasce num corpo deformado? O que causa a
desgraça e a dor a uma pessoa bondosa? Em termos judaico-cristãos, se Deus é
bom e todo-poderoso, por que permite que existam o mal e os sofrimentos não
merecidos?
O reencarnacionismo sustenta que a aparente injustiça
do mundo é consequência da limitação do nosso conhecimento e visão. Se, em vez
de apenas uma existência, pudéssemos ver a série completa de encarnações de um
indivíduo, com o funcionamento do carma através da cadeia dos tempos,
perceberíamos que uma justiça perfeita rege todos os fatos. Assim como o mundo
físico é governado pela causa e efeito, a inviolável lei do carma governa o
resultado das nossas ações. A morte é apenas uma breve interrupção no
funcionamento dessa lei e de seus efeitos, que se estende vida após vida,
abarcando toda a existência do indivíduo.
Se você tem um pequeno negócio, não espera ter lucro
todo dia. Em certos dias, as despesas serão maiores que a receita – você
atenderá poucos clientes, ou poderá contrair grandes dívidas para renovar o
estoque das prateleiras. Mas o balanço desse dia não significa que terá que
fechar as portas imediatamente e pedir falência. Da mesma forma, é necessário
que os lucros apresentem um saldo positivo durante um longo período de tempo.
Assim, segundo a Tradição-Sabedoria, nossos livros cármicos não fecham o
balanço ao final de cada existência, mas apenas depois de um longo período de
muitas vidas."
(John Algeo -
Investigando a reencarnação - Revista Sophia, Ano 3, nº 9 - p. 16)
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