"Interrompei-vos subitamente durante o dia e observai
os vossos pensamentos nessa ocasião; o mais provável é descobrirdes que não
pensáveis em coisa nenhuma – muito frequente – ou então pensáveis de modo tão
vago que a impressão recebida pelo princípio mental que em vós existe seria
quase nula. Quando tiverdes feito esta experiência várias vezes, o que vos
ajudará a obter uma consciência cada vez mais nítida acerca de vós mesmo,
principiai então a analisar os pensamentos que se acham na vossa consciência e
procurai a diferença entre a sua condição à entrada e saída, isto é, o que vos
haveis acrescentado a esses pensamentos durante a sua estada na vossa
consciência. A vossa mentalidade tornar-se-á assim realmente ativa e começará a
exercer o seu poder criador. Se formos sensatos, servir-nos-emos do seguinte
processo: primeiro escolheremos os pensamentos que acharmos dignos de
permanecer em nossa mente, sempre que descobrirmos um pensamento bom,
consagrar-lhe-emos toda a nossa atenção, alimentá-lo-emos, fortalecê-lo-emos,
faremos o possível por tornar o seu conteúdo ainda mais valioso a fim de o
enviarmos para o mundo astral na qualidade de agente benfazejo. E se
encontrarmos um pensamento maligno na mente, apressar-nos-emos a afugentá-lo. O
resultado de só acolhermos pensamentos bons e úteis e de nos recusarmos a
admitir pensamentos maus, será afluírem à nossa mente cada vez mais pensamentos
bons, ao passo que os maus se abstêm de aparecer. O nosso mental, repleto de
pensamentos bons e úteis, atuará como um
ímã sobre todos os pensamentos semelhantes que nos circundam; quanto aos
pensamentos maus, sentir-se-ão repelidos por uma ação automática da própria
mente, visto nos recusarmos obstinadamente a admiti-los. A característica do
corpo mental será portanto atrair todos os pensamentos bons que erram na
atmosfera e repelir todos os pensamentos perversos; submeter os bons a um
processo de aperfeiçoamento, tornando-os mais ativos e assim se irá
enriquecendo com o material mental acumulado deste modo, ano a ano."
(Annie Besant - O
Homem e o seus corpos – Ed. Pensamento, São Paulo, 1993 - p.90/91)
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