"A
interdependência da humanidade envolve o karma grupal e nacional.
Encontramo-nos, todos, intimamente ligados tanto ao grupo cultural no qual
nascemos como à raça da nação da qual aquele grupo faz parte. O karma produzido
por nós mesmos coloca-nos no cenário de um karma místico, que é o resultado
cumulativo da história da nação – uma aura ou atmosfera mental-emocional criada
por incontáveis gerações de antepassados nossos. Isto leva ao karma
distributivo, através do qual as ações de um grupo envolve todos os membros
daquele grupo, não importando se eles as aprovam ou não. Possivelmente, isso
explicaria a afirmação de que, após a morte, o Ego (a individualidade que
reencarna e não a personalidade que a psicologia moderna denomina de ‘ego’) só recebe
‘a recompensa pelos sofrimentos imerecidos suportados durante sua encarnação
anterior’. De qualquer modo, assim como ninguém pode escapar dos resultados de
suas próprias ações, também não pode impedir ou desviar do karma de seu grupo.
Não se pode fugir ou escapar dele. Se seus problemas não forem enfrentados
agora, permanecerão atados karmicamente a eles em vidas futuras, talvez em
nações futuras, até que o equilíbrio adequado seja restaurado. Isso evoca
alguns pontos interessantes e convincentes. Aquela minoria que deserta de sua
terra natal a fim de se estabelecer em alguma outra parte é um bando de heróis
ou um grupo de escapistas? Esta questão torna-se ainda mais fascinante no caso
dos emigrantes que em seu novo mundo perseguiram os que entraram em desacordo
com eles, da mesma maneira feroz que haviam sido perseguidos antes de deixarem
sua terra natal."
(Virginia Hanson e Rosemarie Stewart - Karma
(A Lei da Harmomia) – Ed. Pensamento, Rio de Janeiro, 1991 - p. 63)
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