Possa Brahman proteger-nos. Possa Brahman depositar diante de nós o fruto do conhecimento. Que possamos obter a energia para adquirir conhecimento. Possa nosso estudo revelar a Verdade. Que possamos não nutrir maus sentimentos um para com o outro.
"Como é evidente, a Invocação acima é recitada por
ambos, o Instrutor e o Discípulo juntos. Ambos, ao mesmo tempo, pedem para
obter a energia para adquirir conhecimento, pois a busca do conhecimento requer
muita energia. Qualquer desperdício de energia seria prejudicial para a busca
de conhecimento. Para que esse desperdício não ocorra, deve haver
extraordinária clareza de parte de ambos, o instrutor e o discípulo. A
Invocação acima diz: ‘Possa nosso estudo
revelar a Verdade’. O Instrutor e o Discípulo estão preocupados com a
Verdade – e a Verdade precisa ser descoberta. O método de ensinamento contido
nos Upanixades conduz a ambos, o instrutor e o discípulo, a descoberta. O
relacionamento entre o instrutor e o discípulo não é estático – é intensamente
dinâmico – é um relacionamento no qual o instrutor e o discípulo aprendem
juntos.
A última frase da invocação diz: ‘Que possamos não nutrir maus sentimentos um para com o outro’. Uma
comunhão é possível quando há perfeito entendimento entre o instrutor e o discípulo.
Quando a educação se torna uma jornada que os dois realizam juntos para os
reinos da Verdade, então vem à existência um relacionamento de respeito e
consideração entre o instrutor e o discípulo todo o tempo. Há uma disciplina,
mas é uma disciplina nascida da liberdade, pois aqui não é um que ensina ao
outro, são os dois juntos que aprendem a própria Verdade."
(Rohit Mehta - O
Chamado dos Upanixades – Ed. Teosófica, Brasília, 2003 - p. 52/53)
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