"Em todas as instituições e sistemas educacionais está
ocorrendo um processo de desumanização. Krishnamurti chama a atenção para essa
tendência fundamental, que, se não for detida, reduzirá os seres humanos a
meros autômatos. Essa é, de fato, uma tendência que a nossa civilização,
dominada pela mente, está seguindo em todas as esferas de atividade. Na
educação, isso é particularmente desastroso.
Segundo Krishnamurti, estamos deixando as faculdades e
universidades ‘como se tivéssemos saído de um molde’, transformados num tipo de
gente que busca a conformidade, que persegue o sucesso, que está interessado em
segurança. Krishnamurti afirma que o ‘conformismo leva à mediocridade’. Onde
existe mediocridade não pode haver criatividade; portanto, para que a nossa
educação seja criativa, temos que abrir mão de todos os fatores que levam à
conformidade e à segurança. Na educação criativa, a inteligência toma o lugar
de mediocridade. (...)
A análise de Krishnamurti sobre a educação atual
merece ser considerada profundamente pelos educadores de todo o mundo: ‘Nós
podemos nos graduar e nos tornar mecanicamente eficientes sem sermos
inteligentes. A inteligência não é mera informação; não deriva de livros, não
consiste em respostas espertas e defensivas, nem em afirmações agressivas.
Alguém que não tenha estudado pode ser mais inteligente que um erudito. Nós
temos reduzido os critérios de Inteligência, além de termos desenvolvido mentes
sagazes que evitam as questões humanas vitais. Inteligência é a capacidade de
perceber o essencial, o que é;
educação é despertar essa capacidade em si mesmo e nos outros.’ ”
(Rohit Meta - Educação Criativa - Revista Sophia - Ano 3, nº
9 - p. 9/10)
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