OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 7 de março de 2014

ANTES QUE OS OLHOS POSSAM VER, DEVEM SER INCAPAZES DE LÁGRIMAS

"Quando vêm as lágrimas a nossos olhos? Quando não gostamos de determinada situação. Significa que queremos que as coisas e as situações sejam diferentes do que são. Quando uma pessoa não está disposta a aceitar coisas e situações tais como são e se sente frustrada em seus esforços para alterá-las, vêm-lhe lágrimas nos olhos. Certamente, as lágrimas denotam uma perda da perspectiva e, portanto, uma deformação da visão. A solidão não sugere encarar as coisas e situações tais como elas o são? Os olhos são capazes de verter lágrimas, quando a mente está em conflito entre o que é e o que ela desejaria que fosse. Ora, a mente que está em companhia de seus próprios pensamentos e ambições não está em estado de solidão. Ser incapaz de chorar é estar desejoso de encarar a vida tal qual ela é.

Precisamos lembrar-nos de que LUZ NO CAMINHO não sugere insensibilidade dos olhos. É verdade que as lágrimas podem ser evitadas pela recusa de ver, fechando os olhos ou fugindo de uma situação. Mas essa não é a instrução dada no livro. O preceito ao neófito é: os olhos devem ver e, contudo, devem ser incapazes de lágrimas. De fato, esta primeira instrução ao peregrino espiritual diz que os olhos não estão aptos a ver claramente, enquanto forem capazes de lágrimas. E as lágrimas vêm devido à relutância da mente em encarar a vida tal qual ela é. Assim, a não ser que a mente esteja solitária, livre de suas próprias ambições e associações, não é possível ao neófito cumprir a primeira instrução. Usualmente nossas mentes são vagarosas demais ou demasiadamente intrometidas. Se o neófito embotou sua mente, os olhos serão incapazes de ver qualquer coisa. Mas se sua mente se intromete, devido às suas próprias ambições, recusando aceitar a situação tal qual ela é, então seus olhos estarão, na certa, constantemente marejados de lágrimas, oriunda de um conflito entre o que é e o que a mente desejaria que fosse. A primeira instrução, entretanto, indica o estado de solidão onde a mente se encontra completamente livre de todos os apegos e as associações psicológicas, onde não se sente nem mesmo em companhia de seus própios modos ou tendências de pensar. Está numa condição em que a 'faculdade pensante está tensa e, entretanto, não pensa'. Ser capaz de ver e, contudo, ser incapaz de lágrimas é, certamente, um estado de grande tensão - uma condição na qual a mente atingiu um ponto crítico."

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 29/30)


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