"(...) A palavra meditação é usada para diferentes coisas.
Quando vemos alguém assumindo uma postura física característica poderíamos
chamar a isso meditação. Entretanto, seria mais correto chamar de prática
meditativa. A experiência mental resultante da percepção aumentada também é
frequentemente chamada de meditação, mas seria melhor chamá-la de estado
meditativo. Para o processo subsequente de autoinvestigação utilizaríamos o
termo mente meditativa. A simples palavra meditação é frequentemente usada para
implicar parte desses significados ou todos eles, de acordo com o contexto.
Para acalmar temores a respeito da meditação, é bom
informar as pessoas de que a meditação é agora amplamente aceita mesmo entre os
clérigos tradicionais, e está sendo crescentemente estudada de modo científico.
É também útil informar a pessoa que está iniciando a prática meditativa sobre o
que a meditação não é. Meditação não
é perder o controle sobre a mente. Não existe perda de controle; na verdade,
ficamos mais perceptivos de nós mesmos e, portanto, mais no comando. O estado
não-meditativo diário é aquele sobre o qual, na maioria das vezes, não temos o
controle. A meditação também nada tem a ver com devaneio. Não é uma perda de
tempo. Porém, também não é uma panaceia que oferece iluminação instantânea. É
uma ferramenta a ser usada.
Com a meditação ficamos mais relaxados e revigorados. É
uma oportunidade que não pode ser perdida nesse mundo febril. Mentalmente
ficamos mais alertas e mais perceptivos, porém ao mesmo tempo mais calmos.
Funcionalmente tornam-nos grandemente capazes, contudo permanecemos isentos;
por esse motivo é pouco provável que reajamos de maneira inapropriada às nossas
emoções ou a outros estímulos. (...)"
(Alek Kwitko - Meditação e Ciência - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 07)
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