"Felicidade é vida em
festa – e festa em vida. Mas, para haver festa e flores, é necessário fazer uma
limpeza geral na casa.
Infelizmente, a nossa
civilização e vida social está quase toda baseada em mentiras, fraudes, falsidades,
hipocrisias e outras poluições.
A patroa dá ordem à
empregada para dizer às visitas que a ‘dona não está em casa’.
O negociante tem de
mentir constantemente aos fregueses para vender as suas mercadorias.
O leiteiro mente
dizendo que leite com 50% de água é leite puro.
O vinicultor põe no seu
vinho, além de água e anilina, drogas picantes e nocivas, para vender melhor ou
atender ao gosto viciado dos consumidores.
O farmacêutico
falsifica os seus produtos de laboratório para ganhar mais dinheiro, pondo em
perigo a vida e a saúde daqueles que ingerem as drogas.
O cabo eleitoral mente
ao público que o seu candidato é o melhor do mundo, quando ele bem sabe que o
seu patriotismo obedece à plenitude do bolso.
O orador sobre à
tribuna, cônscio da sua inigualável competência, e inicia a sua peça oratória
com as palavras costumeiras: ‘Eu, apesar da minha absoluta incompetência...’,
abrindo ligeira pausa para ouvir das primeiras filas um murmúrio de ‘não
apoiado’, suavíssima carícia para a sua vaidade.
‘Muito prazer em
conhecê-lo’ – quantas vezes não encobre esta frase estereotípica sentimentos
diametralmente opostos aos que os lábios proferem?
90% do que Jornais,
Rádio e Televisão propalam é mentira a serviço da cobiça.
Tão inveterados são
estes e outros vícios sociais que é quase impossível viver em sociedade sem ser
contagiado por essas poluições. Tudo isto, porém, é sujeira moral, que torna
praticamente impossível o desenvolvimento de uma verdadeira felicidade.
Candidato à verdadeira
felicidade! grava bem dentro do teu coração esta grande verdade. Nunca farei depender a minha felicidade de
algo que não dependa de mim!"
(Huberto Rohden – A Essência da Felicidade – Ed. Martin Claret, São
Paulo, 2002 – p. 65/66)
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