"O homem de mente materialista está sempre pensando em termos de dinheiro, casa, família ou outras responsabilidades e interesses; e as preocupações que os seguem! O homem espiritual pode ter as mesmas responsabilidades, mas ele as cumpre colocando a mente em um nível mais elevado de pensamento. Espiritualizando o pensamento, ele aprende a acessar um Poder Superior. Chega o tempo em que pode ir a qualquer lugar, misturar-se com qualquer pessoa, cumprir suas responsabilidades, e sua mente nunca descerá do plano da consciência divina. Cristo muitas vezes associou-se a 'publicanos e pescadores', a fim de ajudá-los, mas os pensamentos e ações deles não lhe rebaixaram a consciência. Como um cisne divino, ele deslizou intocado pelas águas da materialidade. Essa é a maneira como Gurudeva nos treinou a ser. Onde quer que esteja, fique sempre centrado interiormente, com a mente focalizada em sua estrela polar: Deus.
Os problemas que surgem diariamente nos dão a oportunidade de praticar a serenidade. Em vez de resistir, ficar aborrecidos e irritados e pensar que não estamos progredindo, deveríamos acolhê-los bem. Lembre-se disto: muitas vezes, o devoto faz o maior progresso no caminho espiritual quando está enfrentando terríveis obstáculos, quando está sendo forçado a empregar, até o limite, os músculos espirituais a fortaleza interior, da coragem e do pensamento positivo, para combater o assalto do negativismo, do mal ou da crueldade. Não é sempre que as coisas fluem facilmente que estamos crescendo. Naturalmente, todos nós prezamos aqueles dias em que as coisas vão bem; entretanto, tenho orado amiúde à Mãe Divina² para que me ponha à prova, porque desejo que meu amor por Ela seja incondicional. Não posso ficar satisfeita em Lhe oferecer qualquer coisa que não seja o amor perfeito. O devoto de Deus não quer fugir de nada. O aspirante pode ser imperfeito em muitos aspectos; ele não reivindica nenhuma perfeição, exceto uma: ele está se esforçando para aperfeiçoar seu amor por Deus. (...)"
² O aspecto pessoal de Deus que corporifica as qualidades maternais do amor e da compaixão.
(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 74/75)
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