"Os animais domésticos que vivem em nosso lar não são
criaturas tão insignificantes, como as pessoas geralmente acham. A Vida Divina,
que se encontra no homem, está igualmente no animal, mas nele se encontra num
estado mais primitivo e, por conseguinte, menos evoluída. Esta vida deve
acelerar o seu desenvolvimento pelo contato com o homem.
O dever do homem para com seus animais domésticos é o
de suavizar a sua natureza selvagem e implantar neles os atributos humanos do
pensamento, do afeto e da dedicação. Portanto, enquanto o animal nos dá sua
força, trabalhando para nós, devemos usar essa força com a finalidade de
humanizá-lo, porque há de chegar o dia em que conseguirá ser um homem. Ao
treinarmos um cão para desenvolver sua inteligência, não devemos fazê-lo de
modo a reforçar seus instintos animais, como quando treinamos nossos cães para
a caça. Um gato doméstico pode ser ‘um bom caçador de ratos’, mas não foi por
essa razão que Deus o guiou para a família onde vive. Quando treinamos cavalos,
não deveríamos procurar apenas desenvolver a velocidade para participarem de
corridas; os serviços que eles nos prestam deveriam ser recompensados, pela
tentativa de desenvolver neles as qualidades que contribuirão mais para sua
evolução em direção à humanidade do que a velocidade.
O princípio geral referente a nossas relações com os
animais domésticos é que eles foram realmente enviados para junto de nós a fim
de que, na medida do possível, os seus atributos animais de selvageria fossem
substituídos por atributos humanos, porque o que hoje é um animal, algum dia
será um homem, assim como no futuro o homem de hoje tornar-se-á um Deus. Aquele
que contribui para que a Vida Divina progrida mais rapidamente pelo seu caminho
ascendente, esse ajuda, com maior eficiência, a sua própria evolução."
(C. Jinarajadasa
- Teosofia Prática – Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 22/23)
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