sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A NATUREZA DA GRAÇA DE DEUS

"A graça de Deus é que doa a chuva como também a luz do sol. Você tem de praticar alguma disciplina (sadhana) para alcançá-la. A disciplina apropriada consiste em conservar um pote virado de boca para cima para recolher a chuva. Pratique a disciplina, que consiste em abrir a porta de seu coração tanto que o sol o possa iluminar. De igual forma, em torno de você há muita música, irradiada por algumas emissoras. Você precisa ligar o receptor e sintonizá-lo com a exata frequência de onda para poder recebê-la e desfrutá-la. Ore, pedindo a Graça, mas faça alguma coisa, pelo menos esta simples disciplina. A Graça retificará todas as coisas. Sua principal consequência é a autorrealização, mas há também outros benefícios incidentais, como uma vida feliz aqui embaixo e um temperamento friamente corajoso, mantido em equanimidade inabalável (santhi). O benefício principal de uma joia é a alegria pessoal de quem a possui, mas quando se gastou o último centavo em sua aquisição, pode-se vendê-la, e recomeçar a vida. E isso é o que podemos chamar uma vantagem incidental. A bananeira tem um cacho de frutas como sua principal doação, mas as folhas, o tenro miolo do tronco, o botão da flor são partes subsidiárias que também podem ser utilizadas proveitosamente.¹ Assim é a natureza da graça. Ela atende a uma variedade de necessidades."

¹ A culinária indiana os aproveita. As folhas servem de pratos em casas pobres, nos quais a comida é servida, e o tenro cerne do tronco é usado como alimento.

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 29/30)


Nenhum comentário:

Postar um comentário