"(...) Lethe – o rio do
esquecimento
No processo pós-morte as experiências da vida recém-vivida são
digeridas, internalizadas e por fim absorvidas na corrente de consciência que é
a individualidade reencarnante. Quando o indivíduo volta a nascer para obter
novas experiências, todas as memórias específicas da velha personalidade foram
descartadas. Assim, não existe elo consciente entre as personalidades velha e
nova. Na mitologia grega esta retenção da memória é chamada de o rio Lethe do submundo, que causa o
esquecimento do passado. H. P. Blavatsky cita o pensador neoplatônico Plotino,
que diz que o corpo é o verdadeiro rio Lethe,
pois ‘as almas que nele mergulham tudo esquecem’. Ela diz também que a
consciência que preserva na individualidade encarnante o senso do ‘ru’ pessoal
da última encarnação dura somente ao longo da fase final do processo pós-morte
– o tempo bem-aventuroso de repouso no verdadeiro mundo céu. Depois disto ela é
absorvida, primeiramente no indivíduo e depois na consciência universal. (...)
Experienciando
vidas passadas
Enquanto
é fato aceito que a consciência deve estar focada no nível da ‘mente superior’
para experienciar vidas passadas, existe uma evidência crescente de que sob
certas condições a lembrança fragmentária de vidas passadas pode ocorrer pelo
contato com a Mente Universal do que parece ser um nível inferior – talvez por
meio das emoções. No entanto, alguns investigadores descobriram que esta
experiência é acompanhada de um sentimento de se flutuar para fora do corpo e de
se estar numa estrutura diferente de tempo-espaço. (...) A experiência está
geralmente associada a uma forte emoção e é muitas vezes acompanhada pelo senso
de se ter conhecido a situação anteriormente – chama déjà vue. A memória pode ser deflagrada ao se encontrar uma pessoa,
ao se visitar um local particular, ou ao se ouvir uma peça musical. A memória
pode também surgir durante um sonho de extraordinária nitidez, ou enquanto se medita profundamente.
Após um breve sentimento de foco alterado de consciência, a pessoa encontra-se
num tempo diferente e num local diferente, experienciando o que parece ser um
momento de uma vida passada. (...)”
(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 44/45)
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