"A curta resposta para a pergunta ‘Por que não nos
lembramos de vidas passadas?’ é que em cada vida adquirimos uma nova personalidade. Esta resposta parece
ser correta para a maioria das pessoas e para a maioria das encarnações, mas
não deve ser aceita como a resposta completa porque existem exceções que iremos
considerar a seguir.
Em cada caso, quando se faz a pergunta ‘Por que não
nos lembramos de vidas passadas?”, aquele que faz a pergunta é o ‘eu’, centrado
na personalidade. Este ‘eu’ é a individualidade (Alma ou Eu superior) que
existe ininterruptamente ao longo de todo o processo de reencarnação. A
personalidade não reencarna; está intimamente ligada ao corpo e é na verdade,
construída pelas impressões sensoriais, os pensamentos e sentimentos
experienciados naquele corpo; portanto, ela se desenvolve com o novo corpo.
Esta nova personalidade não experienciou nenhuma vida passada e
(consequentemente) não pode lembrar-se de nenhuma parte dessas vidas.
H. P. Blavatsky em A
chave para a Teosofia esclareceu isto. ‘Reencarnação significa que cada Ego
(individualidade reencarnante, e não a personalidade) estará equipado com um novo corpo, um novo cérebro e uma nova
memória’. Ela e outros investigadores disseram que a memória detalhada de
vidas passadas existe, e que pode ser contatada no nível da individualidade
reencarnante; mas somente de maneira ocasional esta memória chega à consciência
da personalidade. Talvez seja melhor assim, porque existe evidência de que a
nítida memória de vidas passadas pode ser psicologicamente devastadora. A
maioria de nós tem preocupações demais nesta vida, sem ter de carregar o fardo
de memórias confusas de estresses servis e emocionais experienciados em vidas
prévias. (...)"
(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 42)
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