"Quando dizemos ‘o destino do homem’, pensamos também
no futuro do mundo em que vive e nos ocupamos não somente com o longínquo
destino final, como também com o que podemos visualizar em um futuro
relativamente dentro de nosso alcance. Do ponto de vista da Teosofia – que é
uma sabedoria ampla baseada na verdade acessível ao homem, na sabedoria que
existe na Natureza -, o que o homem vai ser depende do que é agora
fundamentalmente nas raízes do seu ser e no caráter das forças coligadas com o
problema de seu crescimento e desenvolvimento.
Esta é, portanto, a questão para qual devemos
encontrar resposta satisfatória.
É o homem um animal mental, um ser passional redimido,
ou condenado por um intelecto engenhoso, ou há nele algo superior à mente, com
o qual há de associar-se à mente em toda questão racional; e se este é o caso,
qual o caráter desse algo? (...)
A Teosofia ensina que o homem tem esse outro lado de
sua natureza, que vemos na luz transcendente dos Grandes Instrutores espirituais
do mundo tais como Cristo e Buda
.
Os Germes das qualidades deles estão, também, em nós.
Portanto, o mandamento ‘Sede perfeitos como o Pai nos céus é perfeito’ não é
irrealizável. Este ´Pai nos céus´ é a própria Mônada espiritual do homem
terreno, que é a sua sombra; um raio ou uma parte perfeita da unidade e da
totalidade do ser divino. Por causa dessa Mônada (palavra que subentende uma
natureza unitária), ou chispa espiritual, o homem é interna e essencialmente
semelhante a Deus. Sua mente não é senão o termo médio entre o Ser interno e a
circunferência das condições materiais externas."
(N. Sri Ram - O destino do homem - TheoSophia, publicação
da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 18)
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