"O universo é elaborado e dirigido de dentro para fora. Tal como é
em cima, é embaixo, assim nos céus como na terra; e o homem, microcosmo e cópia
em miniatura do macrocosmo, é o testemunho vivo dessa Lei Universal e de seu
modo de funcionamento. Vemos que cada movimento, ação ou gesto externo – seja voluntário ou mecânico,
orgânico ou mental – é produzido e precedido por um sentimento ou emoção, pela
vontade ou volição e pelo pensamento ou mente internos. Pois nenhum movimento
ou mudança exterior, quando é normal, pode ter lugar no corpo externo do homem
se não for provocado por um impulso interno, comunicado por uma das três
funções citadas, e o mesmo ocorre com o Universo externo ou manifestado. Todo o
Kosmos é dirigido, controlado e
animado por séries quase intermináveis de Hierarquia de Seres sencientes, tendo
cada um deles uma missão a cumprir, os quais – chame-os por um nome ou outro, Dhyᾱn Chohans ou anjos – são
‘mensageiros’ no sentido único de serem agentes das Leis Kármicas e Cósmicas. Variam infinitamente em seus respectivos graus
de consciência e inteligência; e chamá-los todos de Espíritos puros, sem
qualquer influência terrena, ‘que o tempo, de costume, transforma em presa’ é
somente uma licença poética. Pois cada um destes Seres, ou foi, ou se prepara para
converter-se em um homem, se não no presente ciclo (Manvantara), em um dos passados ou futuros. São homens aperfeiçoados, quando não incipientes; e em suas esferas
superiores, menos materiais, diferem moralmente dos seres humanos terrestres
apenas por se acharem livres do sentimento de personalidade e de natureza
emocional humana – duas
características puramente terrenas."
(H. P. Blavatsky - fundamentos da
Filosofia Esotérica - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 40/41)
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