"Uma vez que, a princípio, os
movimentos mais sutis não conseguem afetar a alma, ela tem que juntar ao seu
redor vestimentas de matéria mais densa, através das quais possa fluir as
vibrações mais pesadas, e assim ela toma sobre si sucessivamente o corpo
mental, o corpo astral e o corpo físico. Isso é um renascimento ou reencarnação
– o começo de uma vida física. Durante essa vida ocorrem diferentes tipos de
experiências através do seu corpo físico; dessas experiências, ela deve
aprender algumas lições e desenvolver algumas qualidades dentro de si mesma.
Após algum tempo ela começa novamente
a se recolher para dentro de si mesma, e gradativamente vai se desfazendo das
vestimentas que fez uso. A primeira delas a ser descartada é o corpo físico, e
a sua retirada desse corpo é o que chamamos morte. Não é o fim de suas
atividades, como tão impropriamente supomos; nada poderia estar mais distante
da realidade. Ela está simplesmente se afastando de um esforço, levando com ele
os resultados; após um certo período de comparativo repouso, fará novamente um
novo esforço do mesmo tipo.
Assim, como dito, aquilo que
geralmente chamamos de sua vida é apenas um dia na vida real e mais ampla – um
dia na escola, durante o qual ela aprende certas lições. Mas visto que uma
curta vida de setenta ou oitenta anos, no máximo, não é suficiente para lhe dar
uma oportunidade de aprender todas as lições que esse belo e maravilhoso mundo
tem a ensinar, e visto que Deus deseja que ela as aprenda no tempo que dispõe,
é necessário que ela retorne muitas vezes e viva em diferentes classes e sob
diferentes circunstâncias, até que todas as lições sejam incorporadas; e então
o seu trabalho escolar mais inferior terminará e ela passará a algo mais
elevado e mais glorioso – a verdadeira vida divina de trabalho, para qual toda
essa vida escolar na Terra a está capacitando."
(C. W. Leadbeater - Introdução à
Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 2010 - p. 41/42)
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