OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 30 de novembro de 2013

ESCUTAR (SRÃVANA)

"(...) vimos que o yoga é adequado para o grau menos avançado de buscadores e a inquirição para os mais avançados. (...) consideremos o caminho da inquirição, que sem esforço conduz ao Conhecimento de Brahman.

D: O que é o caminho da inquirição?

M: Dos shãstras sabe-se bem que consiste de srãvana, manama, nidhidhyasana e samãdhi, isto é, escutar a Verdade, refletir, meditar e Paz Bem-aventurada. Os próprios Vedas declaram isso: ‘Meu caro, deve-se escutar o mestre falar a respeito do Ser; refletir e meditar sobre Ele.’ Em outro lugar, diz-se que o Eu Real tem de ser percebido na Paz Beatífica. Sri Shankaracharya repete a mesma ideia no Vakyavrtti, a saber: enquanto o significado do texto sagrado ‘eu sou Brahman’ não for percebido em toda a sua verdadeira importância, deve-se praticar srãvana, etc.

No Chitra Deepika, Sri Vidyaranyaswami diz que a inquirição é o meio para a sabedoria e que consiste em escutar a Verdade, refletir meditar; que somente o estado de bem-aventurada Paz da Pura Consciência, no qual apenas Brahman existe e nada mais, é a verdadeira ‘natureza’ da Sabedoria; que seu ‘efeito’ é a não renovação do nó do ego que desfila como ‘eu’, tendo sido este perdido de uma vez por todas; que seu ‘fim’ é manter-se sempre fixo no ‘Eu sou o Ser Supremo’ de modo tão forte, inequívoco e seguro quanto era a ignorante identificação anterior, ‘eu sou o corpo’; e que seu ‘fruto’ é a libertação. Disso segue-se que só o escutar, etc., é a inquirição no Ser.

Escutar a Verdade Suprema, refletir sobre ela, meditar nela e permanecer em Samãdhi formam, juntos, a inquirição no Ser. Isso tem como causa as quatro sadhãnas, a saber: discernimento, ausência de desejos, tranquilidade e desejo pela libertação. (...)"

(Advaita Bodha Deepika – A Luz da Sabedoria Não Dualista – Ed. Teosófica, Brasília, 2006 – p. 95/96)


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