"Que resposta o cristianismo ortodoxo tem a oferecer a essas questões naturais: 'Onde Deus estava durante os eventos trágicos de nosso tempo? Por que Ele não nos protege e salva das aflições que nos visitam? Até que ponto merecemos os imensuráveis sofrimentos que nos têm sido infligidos numa época tão atormentada por horrores? Onde está a justiça concedida por Deus a Seus filhos? Milhões que foram torturados e mortos prematuramente eram homens e mulheres amorosos e viviam bondosamente - o que eles fizeram para sofrer tanto? A réplica dos ortodoxos, 'é a vontade de Deus', fazem Dele um monstro a ser adorado por causa do medo e da sua capacidade de destruir. Recebendo tal resposta, a mente moderna, nutrida pela ciência da época, é inevitavelmente repelida e, assim, rejeita tal Deidade e tais respostas a esses legítimos questionamentos. No entanto, a ortodoxia cristã não tem outras respostas para dar, e essa, dizem seus críticos, é a razão de sua impotência e do declínio moral da humanidade. Se, como o Dr. Geoffrey Fisher, arcebispo de Canterbury, afirmou, em 14 de novembro de 1958, metade da humanidade é agnóstica, a Igreja não deixa de ter alguma responsabilidade por essa situação. Enquanto o governo produz leis e meios para assegurar-lhes a obediência, e a educação supre conhecimento e instrução sobre os modos pelos quais conhecimentos adicionais podem ser obtidos, a ortodoxia, exceto em certas ordens fechadas, não encoraja a busca interior para experiência direta das verdades e leis espirituais. Os cristãos não são ensinados sistematicamente sobre a autopurificação e elevação da consciência, tal como ocorre na ioga, ou ciência da união realizada com Deus. (...)"
(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 23/24)
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